A realização da Copa do Mundo se tornou uma oportunidade para religiosos espalharem a mensagem de suas crenças a pessoas de todas as nacionalidades. A “disputa” por novos fiéis tem marcado o cotidiano de uma das doze sedes do torneio: Cuiabá.
No jogo disputado pela seleção da Nigéria contra a Bósnia Herzegovina, três jovens evangélicos voluntários viajaram à capital mato-grossense para distribuir panfletos com mensagens cristãs entre os torcedores que fossem acompanhar a partida.
Arthur Marques, Camila Brígida e Graziela Gallo demonstravam preocupação com a perseguição religiosa nos países que passariam pela cidade: “Irã, Argélia, Nigéria, Rússia e Colômbia estão entre os países que mais matam cristãos no mundo, e os três últimos têm jogos da Copa em Cuiabá”, comentou a evangelista Graziela.
De acordo com informações do portal Uol, diversas igrejas católicas de Cuiabá realizaram missas traduzidas em idiomas diferentes a pedido do prefeito da cidade, Mauro Mendes (PSB). Entre os idiomas escolhidos para serem usados nas missas, estavam o inglês e o espanhol, mais populares entre os torcedores visitantes.
Até adeptos do islamismo se mobilizaram para demonstrar que a religião não prega a violência, como visto em países que a maioria muçulmana acaba por promover o extremismo religioso. No dia da abertura da Copa do Mundo, um grupo liderado pelo sheik Omar Omama se reuniu para distribuir livros e panfletos em russo, inglês, espanhol, italiano e alemão sobre os ensinamentos e tradições da religião e proporcionar uma aproximação com o público.
O site local Mídia News reportou que o líder religioso muçulmano contabiliza em 200 as famílias cuiabanas que professam a fé islâmica, e estima que mais de 100 mil livros já tenham sido distribuídos nesses dias de Copa do Mundo. O grupo liderado por Omar Omama recebeu a vista de torcedores nigerianos na última sexta-feira, 20 de junho.
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