Grupos descontrolados atacaram três igrejas na última quinzena. Em um incidente, pneus em chamas foram colocados em frente a uma igreja metodista, a fim de impedir que as pessoas entrassem para o culto de domingo.
No sábado, 6 de maio, um monge budista levou um grupo aonde membros da Aliança Unida Cristã de Poddala, região de Galle, começaram a construir um salão público, em um terreno adquirido na vila. O monge ameaçou o pastor e um pedreiro. Um homem do grupo pegou o pedreiro pelo colarinho e o agrediu.
O grupo disse que iria atear fogo ao edifício se a construção continuasse, apesar do pastor dizer que aquilo era um salão comunitário, não uma igreja.
A equipe da igreja relatou o incidente à polícia. A construção está suspensa por temerem outro ataque.
Igreja Metodista é atacada de novo
Monges budistas levaram um segundo grupo a atacar uma igreja metodista em Piliyandala, sudeste de Colombo, no dia 30 de abril. A igreja já havia sido atacada no dia 23 de abril. Protestos foram realizados no lado de fora da igreja em 9 e 16 de abril.
Uma fonte disse à agência de notícias Compass que, no dia 30 de abril, os monges e as pessoas que estavam com eles não deixaram os cristãos realizarem o culto. "Eles chegaram de manhã e ficaram em torno da igreja, não deixando que nenhum de nós entrasse."
O grupo incendiou pneus na rua da igreja como uma forma de manter as pessoas longe do templo. Quando os membros da igreja chamaram a polícia, cerca de 30 policiais chegaram, mas disseram que eles só poderiam fazer alguma coisa depois que seu superintendente passasse as instruções.
"O superintendente fez uma reunião rápida conosco e disse que, se quiséssemos fazer o culto de verdade, ele mandaria a polícia nos dar proteção." Mas, continua a fonte, se o grupo viesse contra eles, a polícia teria que tomar uma atitude violenta.
Os membros da igreja receberam instruções para fazer uma queixa, mencionando que a polícia os orientou a não realizar o culto, a fim de manterem a paz. A polícia prendeu 10 pessoas do grupo e os deixou detidos, cobrando uma fiança de 25 mil rúpias (243 dólares) por pessoa. A polícia crê que a fiança funcionará como um aviso aos outros, evitando assim futuros ataques. Os10 presos apareceram no tribunal na segunda-feira, 8 de maio.
Os líderes de igrejas entraram em contato com líderes budistas e esperam estabelecer uma negociação com o monge principal da vila.
Ameaças lançadas
Um igreja Assembléia de Deus em Piliyandala também sofre oposição. Os aldeãos fizeram uma campanha com cartazes em abril. Eles ameaçaram fazer manifestações se a igreja não fechasse.
No dia 9 de abril, um grupo de 24 pessoas se reuniu fora da igreja e cantou orações budistas.
Os líderes de igrejas acionaram a polícia, que chegou ao lugar e permitiu uma pequena manifestação pacífica, sob supervisão.
De acordo com a Aliança Nacional Evangélica do Sri Lanka, essa mesma igreja foi explodida e completamente queimada no dia 25 de setembro de 2003. Quando a igreja foi reconstruída, os moradores levaram os membros da igreja ao tribunal, em 2004, com o objetivo de fechá-la. O tribunal, entretanto, decidiu que os cristãos tinham um direito legal de se reunir para o culto.
Lei anticonversão
Grupo violentos realizaram no mínimo 160 ataques a igrejas ou instituições cristãs desde 2002, quando monges budistas iniciaram sua campanha para introduzir uma lei anticonversão.
Um comitê de 19 membros, designado pelo parlamento cingalês ainda está revisando a lei, que deve considerar ilegais as conversões "forçadas". O comitê de revisão foi designado em 5 de abril.
O grupo budista Jathika Hela Urumaya (Partido da Herança Nacional) levou o esboço da Lei de Proibição de Conversões Forçadas ao Parlamento em julho de 2004. Eles tentavam acabar com conversões do budismo ao cristianismo. A lei exige prisões de até cinco anos e/ou uma multa alta para qualquer um considerado culpado de converter outras pessoas "por uso da força, aliciamento ou quaisquer outros meios fraudulentos".
A lei também incentiva a população a relatar casos de prováveis conversões forçadas.
As minorias recorreram contra essa lei. A Suprema Corte decidiu em agosto de 2005 que a lei era incompatível com o Artigo 10 da Constituição, que garante liberdade de pensamento, consciência e religião a cada cidadão.
Uma emenda foi aprovada temporariamente em maio de 2005, mas as eleições presidenciais em novembro de 2005 e uma pausa nas negociações de paz com Tigres de Libertação de Tamil Eelam atrasaram a aprovação da emenda.
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