Representantes dos cerca de 250 mil sobreviventes do Holocausto nazista que vivem hoje em Israel se reuniram neste domingo em frente à residência do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, para protestar por um maior apoio financeiro do Estado.
Uma oferta do governo israelense para um auxílio semanal equivalente a US$ 20 (cerca de R$ 37,60) por mês foi rejeitado pelos grupos de sobreviventes, que consideram o montante insuficiente.
Muitos sobreviventes idosos dizem ter dificuldades para pagar tratamentos médicos e, em alguns casos, até para comprar alimentos.
Durante reunião de gabinete neste domingo, Olmert disse defender uma solução “justa e balanceada”.
Ele argumentou que seu governo foi o primeiro a estabelecer uma ajuda financeira a famílias de sobreviventes do Holocausto.
Necessidades
Dubi Arbel, diretor de uma das organizações de sobreviventes, disse à BBC que suas necessidades não estão sendo satisfeitas.
“Eles acordam todas as noites com pesadelos”, disse. “Eles têm câncer 14 vezes mais do que a população em geral. Eles têm fraturas ósseas por causa da má nutrição no passado. E agora eles precisam de ajuda, mas não há ninguém a quem recorrer”, afirmou.
Os manifestantes estão chamando seu protesto de “Marcha da Vida”, um nome que ecoa a marcha anual no campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, para lembrar o Holocausto.
O ministro Yitzhak Herzog disse que a intenção dos manifestantes de usar símbolos do período nazista como roupas de prisioneiros e estrelas amarelas em uma marcha por disputas financeiras com o governo é “um insulto à memória coletiva do Holocausto”.
Os sobreviventes do Holocausto – que incluem todos os que sofreram com a perseguição nazista – já recebem auxílio de outras fontes, incluindo o governo alemão.
Cerca de 6 milhões de judeus foram mortos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
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