Edward William Fudge, o autor de The Fire That Consumes: A Biblical and Historical Study of the Doctrine of Final Punishment (O Fogo Que Consome: Um Estudo Bíblico e Histórico da Doutrina da Punição Final), é um defensor da visão aniquilista do inferno. Ele acredita que o inferno é real e as pessoas são torturadas no inferno. Mas diferentemente da visão tradicional, ele sustenta que a dor é temporária e aqueles no inferno eventualmente cessarão de existir.
“Isso tem a ver com o caráter de Deus e a maneira que as pessoas veem o caráter de Deus”, explicou Fudge para o The Christian Post na quarta-feira. “O Deus que ama o mundo tanto que Ele deu seu único filho para que os crentes não perecessem mas tivessem a vida eterna vai então voltar e atirar bilhões deles dentro de algo que é como um lago de lava vulcânica e fazer assim de maneira que eles não morram, e que eles enfrentem isso para sempre”.
“Isso não parece o Deus que eu conheço e vejo em Jesus Cristo”, afirmou ele.
O Fogo Que Consome, o livro de 442 páginas com cerca de 1000 notas de rodapé, foi primeiramente lançado em 1982. O livro, que é considerado um livro de leitura obrigatória pelos teólogos e estudiosos do inferno, apenas marcou o lançamento de sua primeira edição há poucas semanas atrás.
Fudge que é um advogado e ex-ancião nas Igrejas de Cristo, diz que ele não leu o livro controverso de Rob Bell, O Amor Vence, e não vê a necessidade para isso. Mas ele leu “sérias análises por pessoas de mente soberba” sobre o livro e diz que ele concorda com Bell que a visão tradicional que um não salvo tem que ser sujeitado à tortura pela eternidade contradiz com o entendimento de um Deus de amor.
Dezenas de passagens na Bíblia, Fudge afirma, sustenta sua posição de que a vida eterna é presente de Deus somente para os crentes. Em John 3:16, por exemplo, diz “todo aquele que nele crê não perecerá mas terá vida eterna”. Esse versículo famoso somente promete a vida eterna para aqueles que acreditam em Jesus, mantém o defensor do aniquilismo.
E em Romanos 6:23, o Apóstolo Paulo diz que “o salário do pecado é a morte, mas o presente de Deus é a vida eterna”.
Todas as vezes que a palavra imortalidade é usada no Novo Testamento sobre as pessoas, o estudioso diz, está sempre falando sobre os salvos, tais como em I Coríntios 15.
“Isso (imortalidade) nunca é usada para os perdidos. Porque os seres humanos existem somente enquanto Deus os dá a vida. Se os ímpios são crescidos não imortais… então não há nenhuma base na qual eles podem continuar a existir para sempre”, disse Fudge.
é importante para todo o Cristão pensar cuidadosamente através do que acontece no inferno, disse o respeitado autor, porque os crentes devem ensinar a palavra de Deus corretamente.
“Se pretendemos falar de Deus, precisamos ser bem cuidadosos e tentar ser precisos no que nós representamos do que Deus está dizendo”, disse ele. “Eu acredito que a visão tradicional é um terrível escândalo contra a natureza de Deus por si só”.
Estudiosos cristãos notáveis que também sustentam a mesma visão que Fudge sobre o inferno incluem: F.F. Bruce, um estudioso bíblico que é considerado um dos fundadores do entendimento evangélico moderno da Bíblia; e NT Wright, um estudioso líder em Novo testamento e ex-bispo de Durham na Igreja da Inglaterra, entre outros. John Stott, um clérigo anglicano e um líder do movimento evangélico mundial, pediu por uma consideração dessa visão.
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