Logo se cumprirá um mês da detenção de dois cristãos pentecostais indianos, retidos nos cárceres sauditas acusados de "proselitismo". Foram presos em 28 de maio passado em uma grande investida realizada pela "muttawa" (a polícia religiosa saudita), em Riad, na qual foram detidos outros seis protestantes, ainda que estes últimos foram libertados em 8 de junho, com a condição de renunciar às práticas de fé que realizavam privadamente em seus lares.
"Sobre a sorte destes dois cristãos detidos" - originários do Estado de Kerala (Índia) - "teme-se o pior", alerta esta quarta-feira "Ásia News", apontando que "os cristãos presentes no reino saudita estão muito preocupados". A agência do Pontifício Instituto de Missões (PIME) confirmou a identidade de um dos prisioneiros: George Kutty, que foi subinspetor de polícia em seu país. Kutty pertence à missão Pentecostal Indiana e tinha relação com muitos missionários pentecostais no mundo.
Toda a informação e os contatos estavam em seu computador portátil. Recentemente sua empresa havia-o trasladado a Tabuk, no noroeste saudita. Dirigindo-se ao lugar, a polícia rodoviária o deteve para um controle e descobriu o computador. Confiscando-o, revisaram seu conteúdo e encontraram toda a informação sobre sua missão e a de seu grupo. George Kutty foi acusado de pregar o cristianismo na Arábia Saudita com ajuda de organizações missionárias internacionais.
Os cristãos que trabalham na Arábia Saudita observam que Kutty está acusado só com base na informação encontrada no computador, não por ações ou gestos explícitos de missão ou "proselitismo". Sua detenção e a informação que agora está nas mãos da polícia poderiam levar a uma longa série de prisões entre os cristãos presentes em território saudita. Oito milhões de estrangeiros - quase todos cristãos, dentre os quais estima-se que 800 mil são católicos - trabalham atualmente na Arábia Saudita, onde não é permitido construir lugares de culto.
Dos mais de 21 milhões de habitantes que o país tem, os muçulmanos representam 93,7%. É desconhecido o número de sauditas cristãos. Na Arábia Saudita, está permitida a expressão pública somente do islã e do islã wahabita (pertencente a uma seita fundamentalista do islã, iniciada por Mohamed Ibnd Abdul Wuahab na Arábia Central, que interpreta o Alcorão em forma muito literal). Não existe, pois, liberdade religiosa, e "até a poucos anos, para um cristão estava proibido rezar inclusive em particular".
Agora, ao contrário, declarou há poucos meses o diretor de "Ásia News", "por causa da pressão internacional, os príncipes sauditas deram permissão aos cristãos de orar ao menos em particular e de poder reunir-se desta forma. Mas, lamentavelmente, a polícia e grande parte da sociedade saudita não aceitam esta liberação, de modo que os cristãos são presos". Disso se encarrega a "muttawa": detém e tortura pessoas que praticam sua fé inclusive em particular.
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