Chongori é um campo de prisioneiros da Coreia do Norte relativamente pequeno. Possui cerca de seis mil presos, os quais são submetidos todos os dias a trabalhos forçados, torturas e "reeducação". Execuções secretas não são incomuns. Entre julho e setembro de 1998, guardas usaram um método horrível para assassinar vários prisioneiros.
Certa noite, sete presos receberam ordens de arrumar seus pertences e, seguindo um interrogador da polícia, saíram de suas celas. Os prisioneiros imaginaram que aquela situação toda fazia parte de uma rotina de transferência para outra prisão, uma ocorrência bastante comum.
Levados para outro prédio, foram chamados um por um para uma sala, onde se sentaram entre dois guardas. Cada um deles segurava a extremidade de um fio resistente de metal, sem, no entanto, que o prisioneiro pudesse ver.
Um terceiro guarda, posicionado perante o prisioneiro o acusava de algum tipo de crime secreto, algo como “ter escondido munição sob a chaminé de sua casa”. O prisioneiro, ao ouvir tal acusação, estranha e falsa, instintivamente, levantava a cabeça, surpreso, a fim de negar a acusação. Naquele momento, os dois guardas ao seu lado moviam-se rapidamente para passar o fio ao redor do pescoço do prisioneiro, matando-o sufocado. Naquela ocasião, todos os presos foram estrangulados até o último suspiro de vida.
Esse tipo de execução deixava marcas terríveis no corpo. Dois presos cuidadosamente selecionados, ambos chefes de unidades de trabalho, foram designados para remover os cadáveres, um por um. Um funcionário da prisão obrigou-os a assinar um depoimento jurando silêncio quanto a todos os detalhes relativos às execuções secretas.
Não muito tempo depois, 40 prisioneiros de um grupo de trabalho agrícola caminhavam juntos ao amanhecer, em direção à lavoura. Ainda estava escuro quando os trabalhadores, cansados, depararam-se com uma estranha maleta deixada no meio da estrada. Ao abrí-la, eles encontraram um cadáver vestindo uma camiseta vermelha bastante familiar. Tratava-se de Kim Ju-won, um prisioneiro cristão que morrera naquela ocasião. Seu corpo sem vida caiu de um caminhão que transportava corpos de prisioneiros para uma área montanhosa, remotamente distante do campo de prisioneiros.
A morte de Kim e dos outros seis prisioneiros são uma das poucas execuções secretas documentadas. Os assassinatos foram descritos em detalhes, por testemunhas oculares, para a organização norte-coreana de direitos humanos, The Third Way [O terceiro caminho, em inglês]. Os relatos também foram publicados no livro Eyewitness: A litany of North Korea crimes against Humanity [“Testemunhas oculares: um cantilena de crimes norte-coreanos contra a humanidade”, tradução livre].
Refugiados norte-coreanos que recentemente escaparam do país, testemunham que muitos prisioneiros morrem nas mãos de seus captores. Infelizmente, o caso de Kim e seus colegas não é exceção.
Ore para que a população norte-coreana, em breve, experimente a verdadeira liberdade. Interceda também pelos guardas e outros perseguidores, para que recebam o perdão por seus crimes, conheçam a verdade e aceitem Jesus como seu Salvador.
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