Para Juliana e Felipe este versículo é uma realidade. Eles foram unidos à família na fé e unidos em casamento por intermédio da Portas Abertas. Um testemunho de amor eterno.
"Somos gratos a Deus por esse ministério, que nos aproximou da nossa família na fé e cooperou para que fossemos uma família também", diz Juliana.
Ela (27) é professora de Educação Infantil e ele (30) professor de Ciências Humanas, ambos residem em Campinas, São Paulo.
Felipe nos conta que conheceu a Portas Abertas por intermédio da leitura do livro O Contrabandista de Deus. O livro despertou seu interesse sobre a situação da igreja em países onde há restrição ao Evangelho. "Ao pesquisar mais, encontrei o site da Portas Abertas e do ministério underground, onde me cadastrei para receber notícias por e-mail.
Em 2006, um dos e-mails que recebi encorajava as pessoas a orar por uma viúva. Respondi o e-mail agradecendo, pois fui tocado a orar e agir através daquela mensagem. A coordenadora do underground na época respondeu, incentivando-me a participar do Congresso Underground, em São Paulo, naquele ano, onde fui com minha irmã. No mês seguinte, junto com minha irmã, participei do acampamento underground, que fez marcas e mudanças profundas na minha vida, e faz até hoje", conta Felipe.
Juliana, desde adolescente, recebia em casa a revista da Portas Abertas, que seu pai assinava. No entanto, evitava lê-la, por medo, pois sabia que tratava da perseguição aos cristãos, e isso lhe assustava. "Lembro-me que numa tarde, assisti com a minha família o filme Bambus no Inverno, da Portas Abertas", ela conta. "Quando terminamos, estávamos abraçados e chorando, de joelhos, e eu fui muito impactada, sabia que era parte da minha família que estava vivenciando aquilo. Então, em 2003, com 17 anos, meu pai me mostrou um panfleto do underground, anunciando um acampamento, o Extreme Camp. A imagem de um garoto correndo com uma Bíblia nas mãos me impressionou, e pelo incentivo do meu pai, fomos eu e uma amiga participar desse acampamento, que hoje é o acampamento underground, sem saber ao certo o que vivenciaríamos."
Juliana continua: "No acampamento, tive um verdadeiro encontro com os cristãos perseguidos. Cada palavra, cada reflexão, cada simulação e testemunho entraram profundamente na minha alma. Foi assim que me tornei voluntária do underground, passando a cooperar nos eventos do ministério, falando sobre a Igreja Perseguida na minha própria igreja, em outras, na escola, no trabalho, em qualquer lugar".
A Igreja Perseguida marcou nossas vidas. Nosso casamento teve a participação direta do ministério underground.
"No final de 2006 foi quando nos conhecemos, no acampamento underground, em Itaguaí, no Rio de Janeiro. Eu estava trabalhando no acampamento e o Felipe era acampante. Trocamos poucas palavras, o acampamento foi muito intenso e Deus trabalhou imensamente. Estivemos novamente juntos num encontro de oração em São Paulo, no início de 2007, e nossa amizade teve início. O Felipe tinha um trabalho com meninos de rua em Limeira, e eventualmente ajudava o Projeto Toque, em São Paulo, que trabalha com evangelização na região da Cracolândia. Indicaram ao Felipe o trabalho da Expedição Mochila, um ministério de evangelização de crianças, do qual eu fazia parte, com um projeto de evangelização das crianças do meu bairro, através da recreação e do esporte. Como o Felipe já me conhecia através do underground, passou a me ajudar no trabalho com as crianças", narrou Juliana.
"O que eu não sabia, era que antes de nos conhecermos, o Felipe comprou um anel com uma inscrição em hebraico, do versículo "Eu sou do meu amado e o meu amado é meu" (Ct 6.3a), fazendo a Deus um pedido sobre sua futura esposa, que servisse de sinal: que ela fosse capaz de ler o que estava escrito em hebraico no anel, e que o mesmo coubesse em seu dedo.
De fato, a primeira (e única!) conversa que tivemos no acampamento foi quando peguei suas malas e vi o anel, que estava pendurado como chaveiro na mala. Li o que estava escrito e elogiei o anel, dizendo que eu sabia porque havia estudado hebraico.
Em fevereiro de 2007, o Felipe me contou a respeito desse sinal e colocou o anel em meu dedo, com um pedido de casamento. Estamos casados há quatro anos e continuamos servindo a Igreja Perseguida, como voluntários do underground, servindo os cristãos perseguidos e os jovens da igreja brasileira, e também num intuito especial de divulgar a causa às crianças da igreja brasileira, numa linguagem que compreendam e que as leve a abraçar com amor as crianças perseguidas.
Somos gratos a Deus por esse ministério, que nos aproximou da nossa família na fé e cooperou para que fossemos uma família também. Nosso alvo é que mais crianças e jovens, mais cristãos brasileiros, se envolvam, e que por esta causa, se "ponham de joelhos (...) para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder"! (Ef 3.14-16)", finalizou ela.
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