Al-Shabab (os jovens, em árabe) é um grupo militante da Somália ligado à rede terrorista al-Qaeda. Há meses, uma série de combates eleva a tensão na fronteira do Quênia com a Somália; sua principal reivindicação parte da ideia de transformar o Quênia em um país seguidor da Sharia (lei islâmica)
A polícia queniana relatou um ataque com granadas, domingo (30/09), em uma igreja na capital, Nairóbi. O incidente resultou na morte de um menino de apenas nove anos de idade e feriu outras nove crianças, segundo a agência de notícias AFP.
O chefe de polícia Moisés Ombati acredita que militantes islâmicos, simpatizantes de Al-Shabab, sejam os responsáveis pela violência.
Oficiais contaram que as crianças participavam de atividades da escola dominical, na Igreja São Policarpo, quando alguém atirou uma granada para dentro do prédio. "As crianças que frequentavam a igreja no momento do atentado têm idade entre 6 e 10 anos. O serviço religioso mal havia começado quando a explosão aconteceu. Estávamos no prédio principal da igreja e todos nós corremos para ajudar as crianças", testemunhou o líder religioso da congregação à AFP.
Autoridades também suspeitam que apoiadores de Al-Shabab atiraram e mataram dois policiais em patrulha, na cidade de Garissa, perto da fronteira com a Somália, também no domingo (30). Os rebeldes roubaram os fuzis dos policiais.
Segundo notícia da AFP, “estes repetidos ataques contra igrejas no Quênia, lembram os realizados na Nigéria, reivindicados pelo grupo radical islâmico, Boko Haram, que também mantém laços com o Shabab.”
Os manifestantes a favor de Al-Shabab lutam para manter o poder nas poucas áreas remanescentes que controlam na Somália, onde as forças da União Africana tem frustrado seus esforços em criar um estado conservador islâmico.
Forças quenianas aumentaram seus esforços no Porto Kismayo, na última sexta-feira (28), obrigando os militantes a se retirarem de seu maior reduto restante na Somália. Al-Shabab ameaçou ataques de vingança no Quênia, cujos soldados participaram das operações na Somália. "É tempo do governo garantir a segurança de Igrejas, até mesmo as mais modestas", disse à AFP o deputado Magret Wanjiru.
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